Ao utilizar a expressão "tradição oral africana" fazemos referência direta a uma discussão de caráter teórico que mobiliza mais questões do que respostas. O presente artigo busca, a partir de alguns trabalhos recentes da antropologia e da arqueologia africana, fazer uma revisita teórica a alguns momentos da discussão acerca da existência de uma tradição africana e de uma oralidade africana, e, em seguida, discutir a aplicabilidade desses conceitos no interior da crítica literária moçambicana a partir de uma visada discrônica e histórica. O intuíto é obter subsídios para uma reflexão interdisciplinar de conceitos-chave para a compreensão dos diálogos interculturais que cercam a literatura moçambicana.
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