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Uma Torah anti-hedonista em Fílon de Alexandria

    1. [1] Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFMG - Pós-doutorando
  • Localización: Horizonte: revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiao, ISSN-e 2175-5841, Vol. 13, Nº. 39, 2015, págs. 1630-1657
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • An anti-hedonist Torah in Philo of Alexandria
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      The Hebrew Bible does not present the pleasure as a problem. Nevertheless, the relationship with Greek philosophical tradition made it possible (or even necessary) to Jewish interpreters to relate their Sacred Book to the question of the pleasure. In Philo of Alexandria the Torah is directly involved in a radical opposition to hedonism. In this article, I observe the way this opposition takes place in Philo’s writing, and I suggest that it is an opposition of discourses motivated not only by the resistance to the pleasure itself or by the commitment to philosophical tradition, but also by the necessity of preservation of the pertinence of the Book itself. Before approaching the Alexandrian’s works, I refer briefly to what is found on the pleasure in the Hebrew/Greek Bible, in the Letter to Aristeas and in 4 Maccabees. These readings will proportionate the observation of a process of change in Jewish writers’ relationship to the theme of pleasure. Moreover, it will make evident the specificity and complexity present in Philo’s treatment of this subject.

    • português

      A Bíblia hebraica não apresenta o prazer como problema. Não obstante, o envolvimento com a tradição filosófica grega trouxe a intérpretes judeus a possibilidade (quiçá a necessidade) de relacionar seu próprio Livro Sagrado com a questão do prazer. Em Fílon de Alexandria, a Torah se envolve de modo direto em uma oposição ao hedonismo. Neste artigo, observo a forma como essa oposição se realiza no texto de Fílon, e sugiro que se trata de uma oposição de discursos motivada não simplesmente pela resistência ao prazer ou por engajamento no contexto filosófico, mas também pela necessidade de preservação da pertinência do próprio Livro. Antes de abordar a obra do exegeta alexandrino, refiro-me brevemente ao que temos a respeito do prazer na Bíblia hebraica/grega, na Carta de Aristeas e em 4 Macabeus. Esse percurso deverá proporcionar o acompanhamento de um processo de mudança na relação entre os escritores judeus e o tema do prazer. Além disso, evidenciará a especificidade e a sofisticação que se encontra em Fílon.


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