Para as atividades turísticas, o espaço geográfico e toda natureza incorporada a ele, esta última enquanto raridade torna-se objeto de desejo e consumo. Nas últimas décadas, o município de Gravatá-PE vem passando por grandes transformações no seu espaço para atender às atividades turísticas e a existência de segundas residências, em que pessoas se dirigem em busca do descanso e lazer, numa relação mais próxima a natureza, realizando o seu trabalho nessa sociedade de classes. Sendo assim, este trabalho discute a questão da apropriação mercadológica da natureza na produção espacial através do mercado imobiliário, que atende o turismo de segunda residência. Em Gravatá, a produção espacial relaciona-se a fetichização do seu espaço através da ideia de Suíça Pernambucana, que possibilita a divulgação de seus atributos e da comercialização de seus empreendimentos, processo evidenciado pela publicidade que anuncia a experiência de viver na natureza, como atrativo de consumidores. Paga-se caro para estar perto da natureza, reafirmando uma tendência de fuga dos grandes centros urbanos em busca de qualidade de vida.
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