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Resumen de Movimentos sociais na América Latina: Da teoria à realidade

Beatriz Maria Soares Pontes

  • Nesse artigo pretendeu-se ressaltar que os estudos relativos ao quadro teórico dos movimentos sociais, na América Latina, desenvolveram-se basicamente nas universidades e em alguns institutos de pesquisas ou ONGs. Durante o Estado Militar havia uma base teórica que consistia mais num guia de orientação político-estratégico para as ações futuras do que num referencial explicativo sobre os movimentos sociais. Na América Latina, as iniciativas teóricas estiveram mais próximas das teorias europeias do que aquelas que se remetiam à epistemologia gerada nos Estados Unidos sobre os movimentos sociais. Assim, para a construção de um projeto teórico que melhor contribuísse para a análise dos movimentos sociais latino-americanos seria fundamental a consideração dos seguintes aspectos: a diversidade de movimentos sociais existentes; a hegemonia dos movimentos populares diante de outros tipos de movimentos sociais; os movimentos populares que tiveram destaque e que se tornaram conhecidos internacionalmente; as mudanças na Igreja Católica, em relação aos movimentos sociais; as características dos movimentos populares como formas de resistência e os novos movimentos sociais que destacaram a inclusão e não a integração social; projetos estratégicos de mudança da ordem das coisas na realidade social; a inclusão da categoria dos intelectuais para a efetiva compreensão dos movimentos sociais; a questão agrária na América Latina; as estratégicas e táticas adotadas pelos movimentos sociais, segundo as diferentes realidades na América Latina e o trabalho dos movimentos locais em torno da demanda de serviços coletivos territorializados, não se articulando às redes nacionais ou regionais. Verificou-se as contribuições do sociólogo francês Lojkine e dos geógrafos brasileiros Mansano e Silva. Em seguida, foi estudada a realidade dos movimentos sociais latino-americanos, dando particular ênfase ao papel do Estado e dos atores político-institucionais, evidenciando que a sociedade civil foi pouco considerada, caracterizando uma abordagem que se aproximou mais da teoria de Mobilização Política. Nesse período, os repertórios utilizados criaram agendas diferenciadas para os movimentos: etnia; suprimento de gêneros e serviços sociais de primeira necessidade; demandas por terra e moradia; educação e questões de gênero. México, Peru, Bolívia, Venezuela e Colômbia apresentaram movimentos populares e os movimentos sociais brasileiros (1978 a 1989) tiveram como categoria básica a autonomia. Também foram debatidos os movimentos sociais e ONGs no Brasil nos finais do século XX e inícios do século XXI, terminando a análise com o advento dos movimentos sociais ocorridos no mês de junho de 2013. A tendência predominante nos anos 90, até o início do século XXI, na análise dos movimentos sociais foi o de unir abordagens elaboradas a partir de teorias macrossociais às teorias que priorizam aspectos micro da vida cotidiana, por meio de conceitos que fazem mediações sem excluir uma ou outra das abordagens. Esse novo contexto teórico seria uma necessidade imperiosa, numa era na qual tudo se desfaz rapidamente e tudo fica obsoleto em frações de tempo.


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