Los indígenas wayúu, habitantes de la península de La Guajira en la frontera colombovenezolana, en las últimas dos décadas han enfrentado graves situaciones de violencia y el avance de empresas mineras extractivas en sus territorios. En años más recientes, han enfrentado también una grave crisis humanitaria a causa de la falta de acceso al agua potable y la alimentación. En este trabajo postulo que las nociones de Estado de excepción y excepcionalidad son pertinentes para analizar los dispositivos de poder en las zonas de frontera y las condiciones en las cuales la vida individual y colectiva son (o no) posibles. Posteriormente, analizo los vínculos entre las alteridades y los dispositivos de poder evidenciando las articulaciones entre neoliberalismo y multiculturalismo. En la última parte argumento porqué una perspectiva espacial habilita un posicionamiento que puede esbozar algunas respuestas frente a los estados de excepción en los que la vida misma es incierta.
The Wayúu indigenous peoples inhabit the Guajira Peninsula on the ColombianVenezuelan border. In the last two decades, they have suffered severe situations of violence and the advancement of mining in their traditional territory by transnational companies. In recent years, the Wayúu also live a severe humanitarian crisis due to lack of access to drinking water and food. In this paper I affirm that the notions of state of emergency and exceptionality are relevant to analyze power apparatus in the borderlands and the conditions under which individual and collective life are (or not) possible. Second, I analyze the links between otherness and power apparatus showing the links between neoliberalism and multiculturalism. Finally, I argument why a spatial perspective enables a positioning that can outline some responses to states of emergency in which life itself is uncertain.
Os indígenas wayúu, habitantes da Península de La Guajira na fronteira venezuelana, nas últimas duas décadas têm enfrentado situações graves de violência e o avanço das mineradoras extrativas em seus territórios. Em anos mais recentes, têm enfrentado também uma grave crise humanitária devido à falta de acesso para a água de beber e os alimentos. Neste trabalho afirmo que as noções de estado de exceção e excecionalidade são relevantes para analisar os dispositivos de poder nas áreas de fronteira e as condições em que a vida individual e coletiva são (ou não) possíveis.
Posteriormente, analiso as ligações entre as alteridades e os dispositivos de poder, demonstrando as articulações entre o liberalismo e o multiculturalismo. Na última parte argumento que uma perspetiva espacial permite um posicionamento que pode delinear algumas respostas aos Estados de emergência, nos quais a vida em si é incerta.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados