O artigo faz um balanço da recepção do livro Trabalho e Capital Mo- nopolista, de Harry Braverman, por ocasião do quadragésimo aniver- sário de seu lançamento. Obra marcante e influente na sociologia do trabalho, tanto internacional quanto brasileira, busca-se mostrar a pertinência e atualidade de sua abordagem para a pesquisa corrente nesse campo de estudos. Para tal fim, o texto inicia com uma con- textualização do livro, passando em seguida para um mapeamento das vagas de reação a ele, bem como as questões que suscitou. Em seguida, é feita uma reflexão sobre os desafios metodológicos que os estudos do processo de trabalho enfrentam, bem como o confronto com dilemas saídos da prática de pesquisa. Sustenta-se que não há incompatibilidade de fundo entre a tradição de estudos dos locais de trabalho e a análise bravermaniana, de modo que a obra permanece como um veio fecundo a ser explorado.
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