Diante da atual encruzilhada histórica onde a crise estrutural do capital sinaliza seus limites lógicos e históricos, o presente trabalho objetiva lançar contributos para uma crítica radical da sociedade burguesa. Nesse sentido, propomos uma leitura do livro I de O Capital analisando as categorias mercadoria, valor e trabalho em seu duplo aspecto, desvelando seu caráter fetichista e historicamente determinado e expondo o desenvolvimento lógico-histórico de autonomização destas categorias. Por conseguinte, analisamos o desenvolvimento desse processo de autonomização categorial e determinação formal na figura do dinheiro e do capital. Com isso, objetivamos colaborar com a consolidação das bases para uma crítica radical de uma sociedade que exige que as relações sociais ocorram como relações entre coisas e apresenta um metabolismo social invertido, na medida em que trabalho e dinheiro – como formas sociais autonomizadas – se tornam um fim em si, exigindo que a sociabilidade seja determinada pela finalidade tautológica de valorização do valor.
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