Este artigo analisa as afinidades entre romance e memória no âmbito da produção ficcional brasileira da década de 1960, adotando o Romance d’A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, como objeto. Para tanto, caracterizamos o romance suassuniano como uma ficção do arquivo, uma nova singularidade narrativa que, segundo Roberto Gonzalez Echevarría, emergiu na América Latina a partir de 1960. O arquivo representa uma dimensão de memória específica que está ligada à revisão crítica da obra dirigida ao histórico de representações do romance. No caso do romance brasileiro, verificamos que há, nesse tipo de narrativa, uma forma bastante específica de proceder em relação à interpretação do Brasil.
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