O texto trata das interfaces entre o discurso médico-psiquiátrico e religioso na obra de Xavier de Oliveira, médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no início do século XX e católico convicto. A filiação de Xavier de Oliveira às posições do catolicismo aparece inúmeras vezes em sua obra, principalmente em Beatos e cangaceiros e Espiritismo e loucura, a última dedicada a Jackson de Figueiredo. Em Xavier de Oliveira a patologia mental apresentava-se intimamente ligada a vivências livres da religiosidade, fora do magistério e do monopólio sacramental defendido pelo catolicismo. Assim, apresenta uma leitura extremamente negativa do misticismo, o qual era associado a morbidez religiosa e patologia mental.
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