José Antonio Sepulveda, Denize Sepulveda
Este texto tem como objetivo apresentar e ressaltar uma prática curricular emancipatória, que auxilia na tessitura da justiça cognitiva e social, ocorrida em uma escola pública do Estado do Rio de Janeiro, que tinha como ponto de tensão a questão dos comportamentos de gênero. Foi feita uma pesquisa qualitativa a partir da observação participativa, tendo como referencial teórico/metodológico os estudos do cotidiano e o paradigma indiciário de Carlo Ginzburg. Em relação ao debate dos comportamentos de gênero, foram utilizados Foucault e Louro. Para a discussão sobre o conceito de conservadorismo tivemos como base a reflexão de Thompson que rompe com a tradição marxista ortodoxa colocando em oposição a base e a superestrutura. No atual contexto conservador da sociedade brasileira tais discussões são extremamente pertinentes. Como conclusão, entendemos que a luta por políticas de currículo que defendam o direito às diferenças não pode ser reduzida a políticas de inclusão que não privilegiam todas as diferenças.
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