Este artigo reavalia a leitura feita pela teórica brasileira Rosemary Arrojo do conto “Pierre Menard, autor del Quijote”, do escritor argentino Jorge Luis Borges; propõe que suas conclusões sobre o conto podem ser excessivas, e questiona até que ponto o conto pode ser lido como uma obra sobre tradução. A primeira seção esquematiza brevemente a visão dadesconstrução sobre a linguagem, e o trabalho de Arrojo; a segunda resume a análise que faz Arrojo do conto, conforme aparece em seu Oficina de tradução; a terceira expões suas limitações: sua natureza alegórica, seu embasamento em uma problemática amálgama entre leitura, interpretação e tradução, as dificuldades em se alinhar o conto aos pressupostos centrais do logocentrismo e as contradições internas do logocentrismo; a seção final avalia o papel de um comentário de George Steiner para a formação da opinião de que o conto versa sobre tradução.
This article revaluates Brazilian theorist Rosemary Arrojo’s reading of “Pierre Menard, autor del Quijote”, by Argentinian writer Jorge Luis Borges, proposing that her claims might be excessive, and calling into question the extent to which “Pierre Menard” can be read as a piece on translation. The first section briefly sketches deconstruction’s view on language and Arrojos’ own work; the second summarizes Arrojo’s analysis as contained in Oficina de tradução; the third exposes its limitations: its allegorical nature, its drawing upon a problematically amalgamating take on reading, interpretation and translation, the story’s difficult alignment with certain logocentric tenets and internal limitations of logocentrism’s take on language; the final section evaluates the role of George Steiner’s commentary on the short story as formative of the opinion that “Pierre Menard” is about translation.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados