Resumen de O Pavilhâo Oca-2 da Universidade de Brasília: os desafios da preservaçâo do patrimônio moderno brasileiro
Oscar Luís Ferreira, Flaviana Barreto Lira
Em 1960, Lucio Costa apresentou o plano piloto para a construção do campus universitário de Brasília.
Em 1961, o Decreto 3.998 criou a Fundação Universidade de Brasília. Em 1962, iniciaram-se as aulas.
Apesar dos principais edifícios do campus estarem em fase inicial de construção, a universidade já contava com um pequeno número de edificações construídas com rapidez dentro do princípio da industrialização e pré-fabricação adotados por Oscar Niemeyer e João Filgueiras Lima, o Lelé: o Instituto Central de Ciências � ICC, os edifícios de Serviços Gerais, conhecidos como SG´s, e os prédios habitacionais da Colina. Dentre essas edificações, estavam também os pavilhões OCA-1 e OCA-2 que, junto a um refeitório provisório e ao prédio da Faculdade de Educação � FE, formaram o núcleo inicial do campus. Os pavilhões em estrutura de madeira pré-fabricada, projetados e construídos pelo arquiteto Sérgio Rodrigues, funcionavam como alojamento para alunos e professores da UnB. Foram os primeiros edifícios em estrutura pré-fabricada de madeira construídos na capital. Procurava-se, naquele momento, vencer não apenas o preconceito dos profissionais brasileiros com a pré-fabricação, mas, sobretudo, com o uso da madeira. Sua proposta arquitetônica é modernista, apresentado no térreo planta e fachada livres. Na década de 1970, o OCA-1 foi destruído por um incêndio restando apenas o OCA-2, hoje em estado precário de conservação. Com danos estruturais graves o edifício deverá ser restaurado. Quais os princípios a se adotar na preservação do OCA-2? Em que medida os princípios expostos na teoria da conservação são balizadores da intervenção no patrimônio moderno? Este artigo pretende contribuir para a discussão e o desenvolvimento do arcabouço teórico para a preservação do patrimônio moderno, em especial aquele de madeira, por meio da avaliação não apenas da condição física do patrimônio, mas também de sua espacialidade e de sua intenção projetual.
