Dos anos 1840 e 1850 datam a definição das bases da História Pátria em geral, e mais especificamente da incipiente Arqueologia nacional, no Brasil Império. A compreensão da história mais remota do território brasileiro e do seu passado indigenista mobiliza muitos cientistas e letrados, estrangeiros e brasileiros. Nesta fase inicial, mitos e crenças fantásticas foram difundidas por alguns destes letrados, entre os quais figura o naturalista francês Francis de Castelnau, alvo dos escárnios de Araújo Porto-alegre em A Estátua amazônica. A análise detalhada do contexto de produção, difusão e recepção, e dos vários e ambíguos significados dessa “comédia arqueológica” oferece novos elementos para melhor compreensão das múltiplas “verdades” desta obra de ficção.
La définition des fondements de l’História Pátria en général et de l’archéologie nationale en particulier datent au Brésil des années 1840 et 1850. La volonté de mieux comprendre l’histoire la plus ancienne du territoire brésilien et son passé indigène a mobilisé les efforts de nombreux scientifiques et lettrés, qu’ils soient étrangers ou brésiliens. Au cours de cette phase initiale, des mythes et des croyances fantaisistes ont pu être divulgués par certains de ces savants, parmi lesquels le Français Francis de Castelnau, objet des moqueries de Araújo Porto-alegre dans A Estátua Amazónica. L’analyse détaillée du contexte de production, de diffusion et de réception, ainsi que de la portée complexe et ambigüe de cette “comédie archéologique” fournit de nouvelles clés de lecture de cette œuvre de fiction
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