Alberto Paulo Neto, Ildo Perondi
The article investigates the pertinence of religious discourses for the construction of a democratic society. He emphasizes the need for normative reinsertion of religious discourses in order to achieve the common ideal of human rights. This design is presented through the investigation of the philosophical contemporaneity and the observation of the contribution of the religions to the accomplishment of the objective of fraternity and solidarity between the citizens with different axiological orientations. Jürgen Habermas's discourse theory analyzes that contemporary societies are experiencing the post-secularization process and the resurgence of religions in the public sphere. The German philosopher believes that religious institutions have the normative content and legitimacy that is lacking in political institutions and political actors. The world religions are characterized by social actions and the encouragement of solidarity with their faithful. At the post-metaphysical level of grounding of the political form, religious discourses can motivate citizens to communicative attitude and understanding of social norms that should govern a just and inclusive society. In this sense, the experience of self-enlightenment of the religions on their doctrines and principles of faith can collaborate for the understanding between religious and non-religious citizens. Finally, the analysis of the Catholic experience of self-reflection on its doctrines and the relationship with the various religions has become the example of dialogue for religious entities in the secular world.
O artigo investiga a pertinência dos discursos religiosos para a construção da sociedade democrática. A contemporaneidade filosófica tem observado que as religiões podem contribuir para a realização do objetivo de fraternidade e solidariedade entre os cidadãos com distintas orientações axiológicas. A teoria do discurso de Jürgen Habermas analisa que as sociedades contemporâneas estão vivenciando o processo de pós-secularização e o ressurgimento das religiões na esfera pública. O filósofo alemão considera que as instituições religiosas têm o conteúdo normativo e a legitimidade que está ausente nas instituições políticas e nos atores políticos. As religiões mundiais se caracterizam pelas ações sociais e o incentivo à solidariedade aos seus fiéis. No nível pós-metafísico de fundamentação da forma política, os discursos religiosos podem motivar os cidadãos para a atitude comunicativa e o entendimento sobre as normas sociais que deverão reger a sociedade justa e inclusiva. Nesse sentido, a experiência de auto-esclarecimento das religiões sobre as suas doutrinas e princípios de fé poderá colaborar para o entendimento entre os cidadãos religiosos e não-religiosos. Por fim, a análise da experiência católica de autorreflexão sobre suas doutrinas e o relacionamento com as diversas religiões se tornou o exemplo de diálogo para as entidades religiosas no mundo secular.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados