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Resumen de En cas de catastrophe. Les systèmes casuels et la dynamique qualitative

Wolfgang Wildgen

  • français

    En se voyant accorder une place plus ou moins centrale selon les perspectives choisies par les chercheurs, la problématique des cas traverse depuis de nombreux siècles les études du langage et des langues naturelles. Le présent article passe en revue, tout d’abord, les approches apportées, notamment depuis la célèbre contribution de Charles Fillmore, par des auteurs contemporains ; on constatera au passage que, parmi ceux-ci, plusieurs ont pu concevoir la problématique casuelle dans le sillage des théories localistes, voire en des termes étonnamment voisins des intuitions morphodynamiques d’un René Thom ou d’un Jean Petitot, sans toutefois s’en réclamer. Sans aller jusqu’à prétendre établir des lois générales qu’interdit la déconcertante diversité présentée par les langues naturelles sur ce point, je résume ici un certain nombre de tendances en vue d’une typologie des systèmes casuels, dont notamment le clivage, diachroniquement marqué avec plus ou moins de netteté, entre les systèmes du type ergatif / absolutif, d’une part, et ceux qui se fondent sur l’opposition nominatif / accusatif, de l’autre. Ces marquages sont à mettre en rapport, au demeurant, avec l’ordre syntaxique (SVO, SOV, etc.) dont relèvent les langues examinées. Je me penche ensuite, au-delà de la description des types casuels dans les langues, sur les hypothèses explicatives de la genèse desdits systèmes, en considérant des scénarios plausibles de leur émergence au fil de l’hominisation. Le développement de l’actance (chez Tesnière : la valence verbale), dont je rappelle les échelons majeurs, y joue un rôle sans doute fondamental. Après une discussion sur le schéma actantiel et son analyse cognitive, de même que sur la morphogenèse grammaticale et ses différents stades, j’évoque en conclusion quelques voies envisageables, de nos jours, pour que le savoir linguistique puisse franchir de nouveaux caps sur le chemin de la généralisation théorique.

  • português

    Ocupando um lugar ora menos, ora mais central a depender da perspectiva adotada pelos pesquisado- res, a problemática dos casos atravessa, há séculos, os estudos da linguagem e das línguas naturais. Este artigo comenta, em primeiro lugar, os pontos de vista trazidos, desde a conhecida contribuição de Charles Fillmore, pelos autores contemporâneos. De passagem, constata-se que, entre estes, muitos conceberam tal problemática na esteira das teorias localistas e até mesmo, por vezes, em termos bastante próximos das intuições morfodinâmicas de René Thom ou Jean Petitot, embora geralmente não os citem. Sem ter a pretensão de fixar leis gerais, que a desconcertante diversidade dos casos nas línguas naturais desautoriza, resumo aqui certas tendências em direção a uma tipologia dos sistemas casuais; em especial a cisão, diacronicamente mais pronunciada ou menos, entre os sistemas de tipo ergativo / absolutivo, por um lado, e os que se baseiam na oposição nominativo / acusativo, por outro. Isso está, por sinal, em estreita dependência com a ordem sintática (SVO, SOV, etc.) das línguas em pauta. Ultrapassando a descrição dos tipos casuais nas línguas, examino a seguir as hipóteses explicativas da gênese de tais sistemas, contemplando os roteiros plausíveis de sua emergência no decorrer da hominização. Para tanto, relembro o desenvolvimento da actância (ou, como dizia Tesnière, da valência verbal) em seus principais patamares, pois ela terá desempenhado um papel primordial nesse longo processo. Depois de discutir o esquema actancial e sua análise cognitiva, assim como a morfogênese gramatical em seus múltiplos estágios, assinalo, na conclusão, algumas das vias hoje trilháveis para que o saber linguístico possa dar novos passos em direção à generalização teórica.


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