A leitura de alguns contos de Caio Fernando Abreu permite questionar: quem são essas personagens anônimas que, diante de um modo de vida competitivo imposto pela cidade, não apresentam identidade própria? Para Regina Zilberman (1992, p. 140), a não nomeação das personagens do autor gaúcho tem a função de sinalizar que as pessoas estão “esvaziadas de suas identidades”. Partindo deste pressuposto, o trabalho analisa a construção da (não) identidade nos contos “Retratos”, “O Afogado”, ambos do livro O Ovo apunhalado (2008), e do conto “O dia que Urano entrou em escorpião”, do livro Morangos Mofados (2005). Baseando-se, principalmente, em teóricos acerca da identidade na pós-modernidade, como Stuart Hall (2006) e Zygmunt Bauman (2005), o artigo procura correspondências deste campo teórico na literatura de Caio Fernando Abreu.
The reading of some tales of Caio Fernando Abreu allows question: who are these anonymous characters whom, in front of a way of life imposed by competitive city, do not have their own identity? For Regina Zilberman (1992), the non-appointment of the characters of the gaucho author has a signal function that people are “emptied of their identities”. On that basis, the paper analyzes the construction of (non) identity in the tales “Retratos”, “O afogado” both from the book O ovo apunhalado (2008), and the short story “O dia que Urano entrou em escorpião”, from the book Morangos mofados (2005). Relying mainly on theoretical about the identity in postmodernity, as Stuart Hall (2006) and Zygmunt Bauman (2005), the article tries matches this theoretical field in the Caio Fernando Abreu literature.
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