O presente artigo se propõe a uma leitura do romance Neighbours (1995), da escritora moçambicana Lilia Momplé, que busca delinear os traços estéticos estruturantes desse romance para, em seguida, conectá-los a hipóteses interpretativas relativas à história de Moçambique. Ao construir uma macronarrativa a partir de micronarrativas atomizadas localizadas em capítulos que representam horas distintas em apartamentos distintos, o romance de Momplé problematiza construções narrativas nacionais teleológicas que se furtam ao reconhecimento do indivíduo e de sua constitucionalidade como agente do processo histórico.
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