Retoma-se a tese de Michel Foucault de que o poder está em todo o lado, reconstituindo um quadro concetual que a especifica e permite retirar algumas consequências fundamentais sobre a correlação entre liberdade e poder. Da imagem grosseira duma filosofia da saturação do poder na contemporaneidade, passa-se, progressivamente à ideia duma filosofia da liberdade, que se afirma na própria consideração dum tal cúmulo, valorizando o exercício infindável de abertura de possibilidades. Propõe-se, por fim, a noção de uma coragem do(s) sentido(s) como atitude adequada para lidar com o campo dos possíveis num tempo crítico, como vem a ser o nosso.
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