El artículo analiza cómo se llevó a cabo la instalación de 38 Unidades de Policía de Pacificación (UPP) en algunas favelas de Río de Janeiro, especialmente en la de Santa Marta. El objetivo de la operación fue acabar con el control territorial ejercido por las facciones dedicadas al tráfico de droga, garantizar el retorno del Estado y favorecer la integración de las favelas con el resto de la ciudad. Después de describir el contexto en el que se desarrollan estas operaciones, el artículo presenta los resultados de la intervención en la favela de Santa Marta y da cuenta de cómo los soldados implicados en las operaciones las representan. La definición de la favela como territorio en el que el enemigo habita, sumada a la sospecha que nace entre habitantes y UPP, caracterizan las relaciones entre residentes y soldados, relaciones ancladas en un modelo de policía en el que la noción de enemigo interno sigue vehiculando el modus operandi de las fuerzas del orden, cuestión que revela los puntos débiles de los nuevos modelos policivos, ambiciosos y visionarios, que no cuentan con las reformas necesarias.
This article analyzes how 38 Units of the Pacification Police (UPP) were mounted in some favelas in Río de Janeiro, especially the Santa Marta favela. The aim of the operation was to end the territorial control exerted by gangs of drugs-traffickers, guarantee the return of the State and promote the integration of the favelas into the city as a whole. After describing the context in which these operations take place, the article discusses the results of this intervention in the favela of Santa Marta and speaks of how the soldiers who undertook the operations thought of them. The definition of the favela as a territory in which the enemy lives and the mutual suspicion between the inhabitants of the favela and the UPP characterize the relations between the residents and the soldiers, which are anchored in a model of policing in which the notion of the internal enemy continues to shape the modus operandi of the armed forces, an aspect which reveals the weak points of the new policing models, which are ambitious and visionary but lack the needed reforms.
Este artigo analisa como foi realizada a instalação de 38 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em algumas favelas do Rio de Janeiro, especialmente na de Santa Marta. O objetivo da operação foi acabar com o controle territorial exercido pelas facções dedicadas ao tráfico de drogas, garantir o retorno do Estado e favorecer a integração das favelas com o restante da cidade. Depois de descrever o contexto no qual se desenvolvem essas operações, o artigo apresenta os resultados da intervenção na favela de Santa Marta e evidencia como os soldados implicados nas operações as representam. A definição da favela como território no qual o inimigo habita e a suspeita que nasce entre moradores e UPP caracterizam as relações entre moradores e soldados, relações enraizadas num modelo de polícia em que a noção de inimigo interno continua estabelecendo o modus operandi das forças da ordem, questão que revela os pontos fracos dos novos modelos de polícia, ambiciosos e visionários, que não contam com as reformas necessárias.
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