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Resumen de A política da natureza brasileira em “A ilha da maré”, de Manuel Botelho de Oliveira

Adriana de Fátima Barbosa Araújo

  • No poema “A Ilha da maré” (1705), de Manuel Botelho de Oliveira, encontramos à primeira vista uma descrição da natureza brasileira como sendo maior e melhor que a de Portugal, Holanda e China – é uma descrição maravilhada pelo novo mundo – na linha de textos inaugurais do Brasil na literatura como a Carta, de Pero Vaz de Caminha, ou as de Américo Vespúcio. A descrição engrandece o Brasil, mas não passa do limite do que podia a colônia em relação a sua metrópole. O que chama atenção é que nos versos são encarnadas palavras como lucro, liberal e mais-valia e essas palavras aparecem nas descrições como elementos associados às características naturais dos frutos e vegetais brasileiros. Nessa relação naturezaeconomia, o poema culmina na afirmação dos quatro “AA” que compõem o Brasil: águas, ares, arvoredos e açúcar. No poema, a mercadoria açúcar aparece não como produto de cruéis relações de produção baseadas na exploração do braço escravizado e ao custo do desgaste intenso e desmedido da terra. Que sentido tem isso no poema? Que efeito isso gera no leitor? Esta comunicação pretende estudar por meio das relações entre a estética e a política, o modo como está configurada a dialética entre a autonomia do texto literário e sua conexão com a vida social.


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