En las ciudades brasileñas, quizás la actividad criminal más per- turbadora sea la violencia perpetrada por los propios agentes policiales. Este artículo es una invitación y una provocación a reconsiderar el pensamiento científico social sobre la violencia policial en Brasil. Ilustrado por una decisión judicial de una ciu- dad nordestina, en la que un hombre negro venció un proceso contra el Estado por haber sido ilegalmente arrestado y abusado por un policía negro debido al racismo, este artículo investiga tres paradojas: los brasileños temen tanto a la policía como a la criminalidad; los policías negros atacan a ciudadanos negros; y funcionarios del gobierno niegan responsabilidad al estigmati- zar a la policía por motivos raciales. Entonces, el artículo pro- pone una lectura alternativa de esas paradojas que abre la posi- bilidad de repensar la reforma de la policía y argumenta que la democratización en Brasil está profundamente entrelazada con el futuro de sus ciudadanos de piel más oscura.
Nas cidades brasileiras, talvez a atividade criminosa mais per- turbadora seja a violência perpetrada pelos próprios agentes policiais. Este artigo é um convite e uma provocação à reconsi- derar o pensamento científico social sobre a violência policial no Brasil. Ilustrado pela decisão judicial de uma cidade nordestina, na qual um homem negro venceu um processo contra o Estado por ter sido ilegalmente preso e abusado por um policial negro devido a racismo, este artigo investiga três paradoxos: brasi- leiros temem tanto a polícia quanto a criminalidade; policiais negros atacam cidadãos negros; e oficiais do governo negam responsabilidade ao estigmatizar a polícia por motivos raciais. Então, o artigo propõe uma leitura alternativa desses parado- xos que abre a possibilidade de repensar a reforma da polícia e argumenta que a democratização no Brasil está profundamente entrelaçada com o futuro dos seus cidadãos de pele mais escura.
In Brazilian cities, perhaps the most disturbing criminal activity is the violence perpetrated by police officers themselves. This article is an invitation and a provocation to reconsider social scientific thinking about police violence in Brazil. Illustrated by a court decision from a Northeastern city, in which a black man won a case against the state for being falsely arrested and abu- sed by a black police officer on the grounds of racism, this article investigates three paradoxes: Brazilians fear both crime and the police; black police beat black civilians; and government offi- cials disavow responsibility by stigmatizing the police on racial grounds. It then proposes an alternative reading of these para- doxes that opens the possibility for rethinking police reform and argues that democratization in Brazil is deeply intertwined with the future of its darkest-skinned citizens.
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