Este trabalho pretende abordar os volumes O sacro ofício (prêmio “Cidade de Belo Horizonte”, em 1980) e Relações cordiais (1997), da poeta Sônia Queiroz. A análise de alguns aspectos que retratam o papel social da mulher na família mineira, em O sacro ofício, assim como a sua interface, percebida na convivência amorosa da sociedade atual, em Relações cordiais, procura avivar as reminiscências da tradição literária e cultural, que, em outras roupagens, permanecem na atualidade. A perspectiva de abordagem permite perceber que textos ensaísticos, históricos e culturais, inseridos na produção poética, tornam-se participantes ativos na construção da memória coletiva de Minas Gerais. O discurso literário, desvinculado da preocupação de veracidade e objetividade, ao preencher lacunas e/ou questionar verdades históricas estabelecidas, amplia, por esse viés, o significado de fatos e figuras do passado mais remoto ou recente, contribuindo para a sua divulgação e conservação.
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