Na primeira metade do século XIX, os críticos brasileiros criaram o cânone da história da literatura brasileira, influenciados pelas idéias da crítica romântica européia que contribuiram para a construção da identidade nacional desta literatura. Este cânone permanece vivo, apesar das diferentes leituras e releituras, às vezes a ele opostas, que os críticos contemporâneos vêm propondo. Isto se explica pelo fato de que, em se tratando de cânone literário, cada período busca redefini-lo em função da tradição que melhor se adeqüe ao horizonte de perspectivas de quem, no presente, o seleciona. Este texto trata de três possibilidades de interpretação advindas do discurso dos críticos realistas brasileiros que permanecem na memória da crítica contemporânea.
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