Utilizar o tempo como matéria da afirmação de uma vida que sequer diferente, interrogá-la nas suas formas meândricas de ser, desvendá-la e com ela a história em que se insere parece ser o tema principalde Vinte e Zinco, do escritor moçambicano Mia Couto, com o propósito da comemoração dos vinte e cinco anos da revolução portuguesa de vinte e cinco de Abril de 1974. Em Vinte e Zinco, a dupla abordagem da realidade política de Moçambique, a um tempo colônia portuguesa, processa-se tanto pelo lado da história como pelo mito. Há como que dois mundos que se entrecruzam: de um lado, os marginalizados, os guerrilheiros que clamam liberdade, do outro, os poderosos e os cúmplices dos seus poderes corruptos.
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