O artigo trata das funções sociais da educação de 2º Grau, no Brasil contemporâneo, tendo como referência a análise das contradições entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações de produção nas formações sociais capitalistas periféricas. Distinguem-se dois grupos de questões. O primeiro deles diz respeito à superação da atual posição desfavorável ocupada pelo país na divisão internacional do trabalho. Nessa perspectiva, o 2º Grau se apresenta como parte integrante da educação básica, cabendo-lhe fornecer, a todos os cidadãos brasileiros, elementos para que dominem os processos produtivos e compreendam as condições históricas da produção do conhecimento científico e tecnológico, assim como meios de acesso sistemático às humanidades e às artes. O segundo grupo de questões está relacionado ao caráter de classe da sociedade brasileira. Para fazer reverter a eventual mudança das condições do país em favor dos segmentos sociais hoje explorados e marginalizados, cabe ao 2º Grau instrumentalizar todos os cidadãos para que se tornem capazes de lutar por seus direitos e pela construção de uma sociedade igualitária.
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