Como tem sido feito muitas vezes a partir do início dos anos 80, quando um tema começa a acirrar os ânimos da "comunidade acadêmica", o governo opta por antecipar-se no controle das inovações. O poder público, então, investe no debate, patrocinando discussões e financiando encontros onde, com certa freqüência, são convidados a opinar justamente os questionadores da primeira hora. Com isso cumpre-se o ritual da "consulta às bases". A decisão dos grandes temas, porém, permanece exclisiva de poucos; mas, de tal maneira, as polêmicas são mantidas em panos quentes, esfria o calor da crítica. Alguns ganham tempo, outros perdem. É uma questão de onde se pões o observador a olhar.
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