A pesquisa avaliou o desempenho em leitura de crianças na 1ª e 2ª séries do 1º grau, utilizando como critérios de proficiência três variáveis: a compreensão e o emprego de conhecimentos gramaticais durante a leitura e a interpretação após a mesma. Estas variáveis definem o perfil de proficiência de um instrumento denominado, Inventário de erros na leitura (IEL), que se baseia na concepção da leitura como um processo psicolingüístico. No IEL avalia-se a proficiência, analisando os "erros" da criança na leitura oral e as estratégias de autocorreção. A amostra foi constituída por 41 sujeitos aleatoriamente selecionados: 20 da 1ª série e 21 da 2ª. De uma extensa lista de resultados relacionados com os objetivos específicos, destacam-se como mais importantes os seguinte: os sujeitos corrigiram ou tentaram corrigir espontaneamente apenas 22,6% de seus "erros"; os sujeitos corrigiram 65,55% dos "errros" que resultaram em sentenças gramaticais incorretas e somente 12% daqueles que não deturparam a estrutura gramatical; os sujeitos corrigiram 64,85% dos "erros" que resultaram em sentenças sem sentido e apenas 10,05% daqueles que não destruíram o significado; de acordo com os critérios do IEL a proficiência dos sujeitos foi considerada regular. Os resultados confirmam que a leitura é efetivamente um processo psicolingüístico e sugerem um repensar sobre as práticas metodológicas relacionadas com o ensino da mesma.
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