Este artigo tenta colocar algumas questões preliminares a respeito dos supostos empíricos e teóricos até agora tomados como bases indiscutíveis de duas linhas dominantes na literatura sobre família no Brasil: a que vê a família patriarcal rural como a instituição fundamental do Brasil Colônia e a que focaliza a família conjugal moderna da época urbana. Sua proposta é que ambas fazem de fato parte de uma mesma visão teórica que, analisando apenas as classes dominantes como agentes de nossa história, expulsam do nosso horizonte de pesquisa a possibilidade de investigar formas alternativas de organização familiar no Brasil.
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