Procura-se estabelecer um paralelo entre os Sermões de Vieira e a poesia de Fernando Pessoa, na tentativa de demonstrar que Vieira configura em seu discurso uma palavra plena capaz de servir aos seus objetivos retóricos de crença nas possibilidades de estabelecimento do Quinto Império, enquanto Fernando Pessoa deixa entrever em sua poesia uma nova perspectiva em que a linguagem é máscara vazia, palco onde o artista pode encenar e fingir, para criar um sentido que nunca poderá ser fixado, tornando inevitável a consciência da perda não só do Quinto, mas de todos os impérios sonhados.
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