A revolução industrial do século XIX introduziu profundas transformações no nosso mundo. São exemplos maiores as instalações fabris e as infraestruturas de comunicação. A sua construção só foi possível devido à aplicação das melhores tecnologias e ao desenvolvimento de outras. A engenharia, e designadamente a engenharia civil, assumiu um papel preponderante. Muitas das realizações foram profundamente inovadoras para a época, sendo que algumas constituem ainda excelentes exemplos.
Uma das maiores expressões destas mudanças foi o caminho-de-ferro. Em Portugal, o seu desenvolvimento foi bastante acelerado. Esse ritmo obrigou ao envolvimento de empresas e técnicos nacionais e estrangeiros. A construção da rede ferroviária deu origem a notáveis infraestruturas que vão desde os edifícios das estações, oficinas e armazéns às pontes, viadutos, túneis e depósitos. A sua construção varia em função das linhas, mas estende-se genericamente desde dos anos 50 do século XIX até à primeira metade do século XX.
Estas infraestruturas, muitas delas ainda em serviço, constituem uma herança ao nível do património industrial, que importa identificar, preservar e divulgar. Nestas ações, a participação do engenheiro é essencial. Tendo como base um caso de estudo, pretende-se dar a conhecer alguns elementos de construção que merecem destaque, bem como perspetivar dinâmicas e estratégias que potenciem o seu reconhecimento e divulgação.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados