Analisa-se, no artigo, as diferentes formas com que a ironia se efetiva em um texto literário. Parte-se do pressuposto de que a ironia configura, ao mesmo tempo, uma figura de linguagem, como uma sentença que anula a si mesma na medida em que orienta o leitor a rejeitar seu significado literal; e uma visão de mundo, na medida em que implica uma postura de negação de uma realidade. À luz dos preceitos de D.C. Muecke e Søren Kierkegaard, busca-se identificar as dimensões irônicas da peça Ricardo III, de William Shakespeare, e refletir acerca delas.
In this article, the different ways in which irony takes place in a literary text are analyzed. The initial assumption is that irony is both a figure of speech – a sentence that cancels itself in that it guides the reader/spectator into rejecting its literal meaning – and offers a worldview in that it implies a stance of denial of a reality. In light of the principles set by DC Muecke and Søren Kierkegaard, this paper seeks to identify and discuss the ironic dimensions in the play Richard III by William Shakespeare.
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