Brasil
Nos propomos analisar o trabalho escravo nas imediações da Quarta Colônia de Imigração Italiana, de 1843 a 1882, a partir dos inventários post-mortem de luso-brasileiros que se estabeleceram na região. Os estudos sobre o trabalho escravo vêm sendo objeto de atenção na historiografia sulina, quebrando mitos até então perpassados por sua rara existência ou sobre a amenidade das relações escravas na província. Um dos primeiros a trabalhar a economia escravista sulina foi Fernando Henrique CARDOSO, no entanto ele abrange espaços amplos, centralizando a sua pesquisa nas charqueadas, “setor que dominaria a exploração do trabalho escravo”. Porém, o que fariam os milhares de escravos que habitavam as outras regiões onde não existiam charqueadas? Entretanto, novos estudos, inserindo este artigo, têm demonstrado que o trabalho escravo esteve presente, em pequenas, médias e grandes propriedades, cuja atividade produtiva era diversificada, pecuária, agricultura, e os escravos eram utilizadas nessas atividades - roceiros, campeiros, entre outras atividades.
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