Este artigo é parte de um projeto mais amplo, desenvolvido na dissertação de mestrado, junto ao Programa de Pós Graduação em História (PPGH), da Universidade de Passo Fundo (UPF) e tem como objetivo analisar as atividades realizadas por militantes da organização de esquerda Ação Popular (AP) junto ao movimento operário, no Rio Grande do Sul, de 1967 até 1971. No ano de 1967, verificou-se um aumento nas manifestações de oposição a ditadura civil-militar, instaurada no país com o golpe de 1964, organizadas pelo movimento operário e outras organizações de esquerda, entre as quais estava a AP. A participação dos militantes da AP em movimentos de contestação à ditadura, tanto em nível nacional como estadual, foi um reflexo da progressiva aproximação da organização com o marxismo. Nessa fase, a AP também deu início a um movimento de integração dos seus militantes na produção, enviando-os para trabalharem em áreas rurais ou urbanas de várias regiões do Brasil. O deslocamento dos militantes tornou-se mais intenso, por medida de segurança, após a decretação do Ato Institucional nº5, AI-5, em 1968, que marcou o aumento da repressão desferida pelos órgãos de segurança contra as organizações de esquerda em todo o país.
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