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Estudo da infância e desafios da pesquisa: estranhamento e interdependência, complexidade e interdisciplinaridade

    1. [1] Universidade de São Paulo

      Universidade de São Paulo

      Brasil

  • Localización: Childhood & Philosophy, ISSN-e 1984-5987, Vol. 14, Nº. 29, 2018 (Ejemplar dedicado a: jan./apr.), págs. 11-25
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • childhood studies and research challenges: estrangement and interdependence, complexity and interdisciplinarity
    • estudios de la infancia y desafíos de la investigación: extrañamiento e interdependencia, complejidad e interdisciplinaridad
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      Considerar a los niños como sujetos históricos e de derechos, actores sociales yproductores de cultura es el resultado de una construcción social basada en lainvestigación realizada por el campo de la sociología de la infancia. El reconocimiento deque los niños construyen cultura va a configurarse a partir de estudios desarrollados,principalmente, en la década de 1990 bajo la óptica que considera su dinámica histórica,cultural y social (QVORTRUP, 2002). Dichos estudios han defendido que la infancia seareconocida como un grupo específico que produce y reproduce la vida social, es decir,que los niños son seres históricos y sociales que establecen relaciones con otros niños ycon adultos como personas que participan en la sociedad, aunque sea de maneralimitada, y son influenciados por eventos políticos, económicos, culturales y tecnológicos,entre otros. Esta concepción, sin embargo, coexiste con otros paradigmas, como elpaternalismo, o con concepciones que fragilizan la condición de ser niño y mantienen laidea de pasividad y, por tanto, de subordinación al poder de los adultos. Sin embargo, lainfancia no puede ser abordada sólo por lo que las instituciones adultas esperan, sinoque se reconoce como un grupo específico que produce y reproduce la vida social. Por lotanto, investigar la infancia implica lidiar con relaciones y contenidos complejos quepueden centrarse tanto en la interdependencia entre niños y adultos como en evidenciarlas relaciones de poder establecidas en las relaciones generacionales. Aunque sonpersonas adultas las que estudian la infancia, investigarla significa no ignorar que susacciones provienen de la misma multiplicidad de factores presentes en las relacionessociales en general. Además, admitir que fuerzas económicas y políticas interfieren consu vida cotidiana, al mismo tiempo que establecen fronteras entre diferentes grupos deniños y niñas, desafía y define caminos interdisciplinares de investigación.

    • English

      Considering children as historical subjects of rights, social actors, producers of culture isresult of a social construction, based on research carried out by the field of sociology ofchildhood. The recognition that children construct culture is based on studies developedmainly in the 1990s, based on their historical, cultural and social dynamics (QVORTRUP;2002). Childhood studies have advocated that childhood might be recognized as aspecific group that produces and reproduces social life, that is, that children are historicaland social beings that establish relations with other children and with adults, as peoplewho participate in society, even if in a limited way, and are influenced by political,economic, cultural and technological events, among others. This conception, however, iscoexisting with other paradigms, such as paternalism, or with conceptions that weaken thecondition of child and maintain the idea of passivity and, therefore, of subordination to thepower of adults. Childhood, however, cannot be addressed only by what adult institutionsexpect, but recognized as a specific group that produces and reproduces social life.Researching childhood thus means dealing with complex relationships and content, whichcan both focus on the interdependence between children and adults, as well as evidence of the power relations established in generational relationships. Recognizing that is adultpeople who study childhood, research them means not ignoring that their actions comefrom the same multiplicity of factors present in social relations in general. Moreover,admitting that economic and political forces interfere with their daily lives, at the same timeas they establish boundaries between different groups of boys and girls, are thechallenges and defines interdisciplinary research paths.

    • português

      Considerar as crianças sujeitos históricos e de direitos, atores sociais, produtores de cultura é resultado de uma construção social, fundamentada em pesquisas realizadas pelo campo da sociologia da infância. O reconhecimento de que crianças constroem cultura vai se configurar a partir dos estudos desenvolvidos principalmente na década de 1990, sob a ótica de sua dinâmica histórica, cultural e social (QVORTRUP, 2002). Estudos da infância têm defendido que seja reconhecida como grupo específico que produz e reproduz a vida social, ou seja, que as crianças são seres históricos, sociais, que estabelecem relações com outras crianças e com adultos, como pessoas que participam da sociedade, ainda que de forma limitada, e são influenciadas por eventos políticos, econômicos, culturais, tecnológicos, dentre outros. Essa concepção, contudo, tem convivido com outros paradigmas, como o paternalismo, ou com concepções que fragilizam a condição de ser criança e mantém a ideia de passividade e, assim, de subordinação ao poder dos adultos. A infância, contudo, não pode ser abordada apenas pelo que as instituições adultas esperam, mas reconhecida como grupo específico que produz e reproduz a vida social. Pesquisar a infância, assim, significa lidar com relações e conteúdos complexos, que tanto podem focalizar a interdependência entre crianças e adultos quanto evidenciar as relações de poder estabelecidas nas relações geracionais. Ainda que sejam os adultos a estudar a infância, investiga-la a partir das crianças significa não ignorar que suas ações provêm da mesma multiplicidade de fatores presentes nas relações sociais. Além disso, admitir que forças econômicas e políticas interferem em seu cotidiano, assim como estabelecem fronteiras entre diferentes grupos de meninos e meninas, desafia e define caminhos interdisciplinares de investigação.


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