Resumen de “Tu vida también es mi país”: sexualidades disonantes y fugas de género en Liliana Felipe y Jesusa Rodríguez

Camila Esguerra Muelle, Alejandra Quintana Martínez

• español

  Este artículo propone una reflexión sobre las prácticas vitales, artísticas y políticas de Liliana Felipe y Jesusa Rodríguez y sus experiencias de desobediencia frente a los regímenes de sexualidad y género articulados a regímenes de terror en México y Argentina.

  La metodología usada para llegar a la reflexión fue un análisis crítico multimodal del discurso hecho desde una perspectiva interseccional y descolonial que supone el análisis tanto de contextos como de los textos, subtextos y texturas que componen la obra y vida de estas artistas. Desde esta postura epistemológica, la obra performática y musical de Liliana y Jesusa es vista como un acervo de discursos multimodales. Nuestra reflexión muestra cómo la creación, la experiencia —entendida como lugar político— y las propuestas colectivas de Liliana y Jesusa se ponen en juego en un campo de lucha performativa donde sus discursos desobedientes proponen maneras de resistencia y fuga a los regímenes coloniales-modernos-capitalistas de género y sexualidad. Jesusa y Liliana proponen una obra multimodal y multimedial que fisura los límites de los gé- neros discursivos, los géneros musicales, el género gramatical y el sistema sexo género, lo cual amerita una mirada indisciplinada. Este artículo resulta ser un abordaje novedoso en la medida en que se acerca a la experiencia y a la obra de estas dos mujeres, no desde una visión disciplinar, sino a partir de una mirada transdisciplinaria, interseccional y descolonial que asume la producción artística como una apuesta política donde los límites entre lo personal y lo público se borran.

• English

  This article seeks to do a reflection both on the vital, artistic and political practices of Liliana Felipe and Jesusa Rodríguez and on their experiences of disobedience to the regimes of sexuality and gender, which are articulated to regimes of terror in Mexico and Argentina. The methodology used in order to make this reflection was a Multimodal Critical Discourse Analysis from both an intersectional and decolonial perspective. This methodology implies the analysis of contexts, texts, subtexts and textures that make up the work and life of these artists.

  From this epistemological position, the performative and musical work of Liliana and Jesusa is seen as a collection of multimodal discourses. Creation, experience —understood as a political locus— and the collective proposals of Liliana and Jesusa are put into play in a field of performative struggle where their disobedient discourses propose ways of resistance to colonialmodern-capitalist regimes of gender and sexuality.

  Jesusa and Liliana propose a multimodal and multimedial work that fissures the limits of the discursive genres, the musical genres, the grammatical gender and the gender sex system, which deserves an undisciplined look. This article proposes an original approach insofar as it approaches the experience and work of these two women not from a disciplinary view, but from a transdisciplinary, intersectional and decolonial point of view, that assumes artistic production as a political commitment in where the boundaries between the personal and the public are erased.

• português

  O presente artigo é uma reflexão sobre as práticas vitais, artísticas e políticas de Liliana Felipe e Jesusa Rodríguez e suas experiências de desobediência frente aos regimes de sexualidade e gênero articulados aos regimes de terror no México e na Argentina. A metodologia usada para chegar à reflexão foi a Análise Crítica Multimodal do Discurso, tomada a partir de uma perspectiva intersecional e descolonial que integra a análise tanto de contextos como dos textos, subtextos e texturas que compõe a obra e a vida destas artistas. A partir desta postura epistemológica, a obra performática e musical de Liliana e Jesusa é vista como um acervo de discursos multimodais.

  A criação, a experiência – entendida como lugar político – e as propostas coletivas de Liliana e Jesusa entram em jogo em um campo de luta performativa em que seus discursos desobedientes propõem maneiras de resistência e fuga dos regimes coloniais-modernos-capitalistas de gênero e sexualidade. Jesusa e Liliana propõem uma obra multimodal e multimedial que confunde os limites dos gêneros discursivos, os gêneros musicais, o gênero gramatical e o sistema de gênero sexual, que merece um olhar indisciplinado.

  Este artigo propõe uma abordagem inovadora na medida em que se aproxima da experiência e do trabalho dessas duas mulheres, não de uma visão disciplinar, mas de uma visão transdisciplinar, intersecional e decolonial que assume a produção artística como um compromisso político em onde os limites entre o pessoal e o público são apagados.