O perfume de Piripiri apaixonava as cunhatãs da aldeia. Ninguém fazia mais sucesso na mata do que esse guerreiro, tão vaidoso quanto arredio. Entediado com a perseguição constante, de vez em quando o conquistador desaparecia em meio a uma nuvem de fumaça. Algumas cunhatãs, preocupadas com seu desapego ao compromisso, decidiram amarrá-lo com os próprios cabelos. Finalmente, conseguiram dormir ao lado dele. Quando acordaram, contudo, o bonitão havia sumido para sempre. No chão, exalando seu perfume, havia uma planta diferente. O pajé contou-lhes que Piripiri tinha subido aos céus e se transformado em Arapari, as Três Marias da constelação de Orion (...)
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados