O que mais se pode criar em matéria de moda, já que o ser humano continua bípede, mamífero, com uma só cabeça, com mais ou menos pêlos e cabelos e uma necessidade cada vez maior de cobrir-se, despir-se, enfeitar-se, aparecer, manter uma eterna juventude − seja por que meios for − e sair por aí com grifes coladas ao corpo? E falando de peças, não há mais o que se inventar. Mas a festa continua, a efemeridade e a rapidez com que se consome também aceleram o passo e a moda, todo-poderosa, quer mais, sempre. Estaríamos vivendo nesse início do século XXI um processo de alienação, no qual a identidade de cada um estaria totalmente submissa e atrelada às roupas e à moda? Ou há um espaço em que se pode comemorar uma democracia feita com panos e estilos? (...)
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