Em meados do século XIX, o Rio de Janeiro respirava o l’air du temps no que se referia à moda. Ser chique, ou pelo menos se vestir com graça, já fazia parte dos desejos da carioca. Modistas e midinettes – ajudantes de costura, em geral de acabamentos, ou vendedoras auxiliares – européias descobriram o Brasil, mais exatamente o Rio de Janeiro, movidas pelas informações que a elas chegavam e que indicavam as carências de moda por aqui. Primeiro vieram as francesas e as polacas que definiram, mesmo que precariamente, um estilo do que seria a moda carioca, ainda vago e com influências diversificadas. O tal estilo poderia ser interpretado como um tanto provocante, sem ser vulgar, um tanto pretensioso, sem ser afetado. Aquelas coisas que já existiam e exibiam metáforas encantadoras, típicas da moda (...)
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados