Brasil
This essay discusses the influence of Surrealism on the love poetry of Murilo Mendes (1901-1975) – one of the greatest modernist Brazilian poets –, based on the model proposed by Roland Barthes in Le plaisir du texte. Mostly from As metamorfoses (1944), the poems are analyzed according to their duplicity, their movement between an obedient and a subversive edge. The surrealistic heritage, reflected on the poems, turns out to be ambiguous. While it gives shape to a criticism of reality, it also serves as affirmation for the subject, who remains away from the (politically desired) risk of loss or dissolution.
Este texto discute a influência do surrealismo na poesia amorosa de Murilo Mendes (1901-1975), um dos quatro grandes poetas modernistas brasileiros, a partir do modelo de leitura proposto por Roland Barthes em Le plaisir du texte. São considerados principalmente poemas do livro As metamorfoses (1944), com o objetivo de flagrar o movimento entre uma margem sensata e outra subversiva, conforme propõe o ensaísta francês. Observa-se assim como o espelhamento na vanguarda resulta em ambiguidades, pois obedece ao desejo de crítica à realidade, mas serve também à afirmação do sujeito, afastando o risco (politicamente desejado) de sua perda ou dissolução.
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