No "Escudo de Héracles" e no carmen 64 de Catulo (o "epitalâmio" de Peleu e Tetis), a écfrasis ocupa praticamente a metade do poema. Embora a de Catulo descreva como Teseu abandona Ariadne e consista, dessa forma, numa narrativa paralela à história principal, o escudo hesiódico não é uma narrativa propriamente dita e, sim, uma sequência de imagens distintas que existem simultaneamente, como em um desenho. Este artigo examina como a écfrasis hesiódica detém o movimento do tempo narrativo e apresenta uma comparação detalhada do "Escudo de Héracles" com a descrição do escudo de Aquiles na Ilíada. Embora ambas as écfrases suspendam o tempo narrativo, a de Hesíodo é mais fiel à simultaneidade das artes plásticas.
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