Neste artigo, discuto a noção de letramentos dominantes, relativamente estabelecida na literatura dos Estudos do Letramento, com base em uma etnografia de letramentos (cf. Barton e Hamilton , 1998) realizada em duas localidades socioeconomicamente diferenciadas no Distrito Federal. Faço uma reflexão geral sobre a relação entre letramentos vernaculares e dominantes, empregando os construtos de mundo da vida e de sistemas, conforme Habermas (1987), transpondo-os para criar as categorias de letramentos do mundo da vida e letramentos de sistemas. Em seguida, utilizo-me da distinção entre letramentos do mundo da vida e de sistemas vinculando-os a discursos de letramento a partir da análise de entrevistas com participantes da pesquisa, as quais foram realizadas com base em uma seleção de questionários previamente administrados, por critério de proporcionalidade de variáveis em amostragem por conveniência (Rios, 2009). Minha discussão estende-se a consequências negativas que os letramentos de sistemas impõem às pessoas, especialmente o adulto não alfabetizado.
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