Este presente artigo propõe a interpretação de um paradoxo no campo religioso de Lima, cuja existência também é dada no resto da América Latina: o êxito de uma “religião do livro”, em um ambiente onde predomina a cultura oral. Os evangélicos fiéis a tradição protestante da “Sola Scriptura” atribuem um papel central para a Bíblia. Conseguem que populações analfabetas funcionais a assimilem através de uma leitura fundamentalista que corta o texto em pedaços aplicando-os às situações cotidianas. Assim, o Deus “Emanuel” acompanha sempre o crente e participa da sua vida. Embora não haja entendimento profundo do texto e que muitas estruturas do catolicismo popular durem, o acesso a Bíblia representa uma possibilidade de promoção e reconhecimento social.
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