Na tradição romanesca, o tema absurdo, formatado a partir das obras de Herman Melville, Franz Kafka e Albert Camus, tornou-se uma das mais vigorosas temáticas da literatura até a primeira metade do século XX. Na contemporaneidade, a obra de Gonçalo Tavares se apresenta como uma retomada das perspectivas abertas por esses escritores, inserindo sobre elas novas compreensões. O presente artigo procura investigar de que forma os romances A máquina de Joseph Walser e Aprender a rezar na era da técnica, escritos pelo autor português e que fazem parte da tetralogia O reino, fazem reverberam essas novas incursões sobre a absurdidade, ao passo que se alinham à tradição inaugurada por seus antecessores.
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