Do estudo da situação internacional em que a Inglaterra, aliada de Portugal, controla os mares e Napoleão, vitorioso nos campos de batalha europeus, decide impor o Bloqueio Continental, chamando à sua órbita o nosso Reino, com os seus portos, a sua armada e o seu tráfico colonial, o autor desenvolve o debate das tendências de opinião influentes no país e junto do Regente, partidário da neutralidade.
Nessa contenda entre anglófilos e francófilos, forçada por Napoleão, D. João inclina-se para a França, em detrimento de Londres, face à invasão napoleónica, volta à antiga aliança, e, comboiado pela esquadra inglesa, segue rumo ao Brasil, onde pretende criar um novo império, garantindo a permanência do Estado e da dinastia com capital no Rio de Janeiro.
O Reino, em anos sucessivos, sofrerá as inclemências de uma guerra duríssima, entra em rebelião contra os invasores. Escorraça-os graças ao apoio das forças armadas inglesas, enquanto, além-mar, se constroem bases necessárias para um Brasil autónomo. Pelo funesto tratado de 1810, de Portugal com a Inglaterra, alicerçam-se condições fundamentais do predomínio desta potência nos negócios da Europa e do Mundo.
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