O presente estudo visa questionar a actualidade da participação do historiador enquanto cidadão e profissional de um ramo do saber que requer condições particulares de exercício, ou seja, que deve praticar uma determinada disciplina e dever profissional. Neste contexto, reportar-nos-emos aos actuais pomos de discussão filosófica sobre a natureza e validade do conhecimento do passado assentes em factores epistemológicos, metodológicos e ideológicos e que são sobretudo colocados pelos teóricos e filósofos post-modernos.
Pretendemos igualmente salientar algumas das vantagens da introdução e conquista de «novos» territórios de pesquisa e das actuais perspectivas metodológicas da prática da História como disciplina académica e séria. O nosso intuito é trilhar o caminho da interpelação na busca de uma leitura do valor ético do trabalho dos sacerdotes de Clio e, obviamente, da respectiva dimensão cívica. De facto, o que se deseja é repensar o valor e o impacto do estudo do passado humano na sociedade do século XXI, interpelando-nos sobre: o que é (e para que serve) a História Hoje? (isto para adoptar como mote o cabeçalho de um livro recentemente dado à estampa entre nós).
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