O trabalho investiga a trajetória do Ministério da Cultura do Brasil no período pós-impeachment de Dilma Rousseff, baseando-se em entrevistas e falas de ministros, além de textos institucionais da pasta. Partindo desse corpus, buscamos diagnosticar variações narrativas que forjam novos parâmetros de legitimidade para o tratamento da cultura em nível federal, em um processo que se organiza sob dois atos discursivos, nomeados ato fóbico e ato mágico pós-político. O primeiro pretende se apresentar como antítese ao lulismo-petismo, com ênfase denunciatória. O segundo se caracteriza pelo registro gerencialista, implicando uma espécie de sublimação de tensões sociais inerentes ao campo da gestão cultural.
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