Este artigo realiza uma discussão inicial acerca das relações de poder e da violência nas áreas de fronteira reocupadas por diferentes grupos sociais, tais como mineradores tradicionais, prostitutas, peões e comerciantes, nos espaços dos garimpos, constituídos a partir das descobertas de jazidas diamantíferas no município de Juína, Noroeste de Mato Grosso, Brasil, entre os anos de 1987 e 1994. O poder é compreendido como relação legítima de comando e obediência, ao passo que violência é pensada como instrumento de dominação e imposição sobre o outro em locais cuja presença do Estado é incipiente. Weber e Arendt são importantes referências para o diálogo da relação entre poder e violência. A fronteira é pensada na lógica das frentes de expansão e pioneirismo de José de Souza Martins. O recurso da história oral foi utilizado para recuperar relatos de violência nesses espaços, em especial no Garimpo do Arroz.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados