Partindo de uma definição de arte como acontecimento ou evento, explora-se a sua modalidade específica de ser, estabelecendo relação com a modalidade do rito, enquanto evento de gratuidade, na superação da necessidade e da utilidade. O conteúdo do ritual artístico orienta--se para um sentido que é articulado na obra. Esse sentido torna presente, no mesmo movimento, um passado tornado memória, articulando desse modo um sentido que possibilita identidades pessoais e coletivas. A arte vive, assim, de um movimento de memória redentora, que torna presente, de modo corpóreo, num acontecimento que podemos considerar ritual. Daí a omnipresença, na história e na atualidade, da arte no rito e do rito na arte.
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