O rock nacional ao longo da década de 1980 tornou-se uma importante forma de expressão cultural de massa. Não somente pelo processo de profissionalização da indústria cultural que ampliou significativamente o consumo e a circulação, mas, sobretudo, por reverberar certos anseios e angústias específicas daquela geração. Tendo em vista tal movimento de autonomização e de construção de uma linguagem peculiar, o objetivo deste ensaio é indicar certa sensibilidade sobre o tempo que ganha contorno na poética da banda Legião Urbana (1982-1996) entre 1985 e 1991. Trata-se, portanto, de uma tentativa de articulação entre experiência do tempo e uma estética melancólica, atendo-se aos afetos mobilizados e ao jogo entre esperança e frustração.
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