Inscrito e escrito sob a lógica de certo rito de passagem e de “dar nomes”, o gênero textual “Qualificação para Tese de Doutoramento”, sintoniza-se com o dever de escrever para uma banca de avaliação, privilegiando o encontro com o outro, a partilha, o desejo e o dever de partilhar, e dirigir-se a; mas, a quem, seria uma primeira e complexa questão e depois, por que se dirige a alguém quando o “trabalho” poderá não chegar “inteiro” ao destinatário. No artigo aqui apresentado, autor avança reflexões presentes em sua “Qualificação de Tese de Doutoramento” intitulada “Aláfià – Um corpo/corpus para Exu”, discutindo um trajeto teórico/metodológico, a partir do qual Exu, deus nagô, foi pensado e lido por um doutorando, e como a ele(s) se foi dando consistência marcada pela Desconstrução de Jacques Derrida. A Desconstrução – um nada que é tudo – trouxe à cena da escrita, suplementos de Exu, dobras de Exu, simultaneamente veneno e remédio, identidade e diferença a derrotar qualquer ato performativo que pudesse se supor soberano. Exu explodiu em multidões de alteridades.
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